quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Escritor do Mês: Maria Alberta Meneres


     Maria Alberta Meneres, de seu nome completo Maria Alberta Rovisco Garcia Meneres de Melo e Castro, nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1930.
Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora do ensino secundário e colaborou em diversas publicações, nomeadamente Távola Redonda, Diário de Notícias, Cadernos do Meio-Dia e Diário Popular, tendo neste último sido responsável, durante dois anos, pela secção Iniciação Literária. A sua primeira obra data de 1952 e intitula-se Intervalo, tendo sido premiada, em 1960, com o livro Água-Memória, no Concurso Internacional de Poesia Giacomo Leopardi.
Maria Alberta Meneres tem dedicado grande parte da sua criação literária à literatura infantil e juvenil e produziu nesta área programas de televisão, tendo, em 1975, sido nomeada chefe do departamento de programas infantis e juvenis da RTP. Ao longo da sua carreira tem recebido inúmeros prémios, nomeadamente o Prémio de Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1981. Em colaboração com Ernesto de Melo e Castro, organizou, em 1979, uma Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa.

bullet. Literatura Infantil e Juvenil
     §  Clarinete
     §  Figuras Figuronas
     §  A Pedra Azul da Imaginação
     §  A Chave Verde ou os Meus Irmãos
     §  Semana Sim, Semana Sim
     §  O Que É Que aconteceu na Terra dos Procópio
     §  Um Peixe no Ar
     §  O Trintão Centenário
     §  Dez Dedos Dez Segredos
     §  À Beira do Lago dos Encantos
     §  Quem faz hoje anos
     §  Colecção 1001 Detectives - 15 volumes
     §  Sigam a Borboleta
     §  100 Histórias de Todos os Tempos
     §  Passinhos de Mariana
     §  Camões, o Super Herói da Língua Portuguesa
     §  Outra vez não!
     §  Ulisses

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dia Europeu das Línguas

terça-feira, 25 de setembro de 2012

"Na biblioteca"

Na biblioteca

O que não pode ser dito
guarda um silêncio feito
de primeiras palavras
diante do poema, que chega sempre demasiado tarde,

quando já a incerteza 
e o medo se consomem
em metros alexandrinos.
Na biblioteca, em cada livro,

em cada página sobre si
recolhida, às horas mortas em que
a casa se recolheu também
virada para o lado de dentro,

as palavras dormem talvez, 
sílaba a sílaba,
o sono cego que dormiram as coisas
antes da chegada dos deuses.

Aí, onde não alcançam nem o poeta
nem a leitura,
o poema está só.
E, incapaz de suportar sozinho a vida, canta.

(Manuel António Pina in Poesia, Saudade da Prosa: uma antologia pessoal)

Projeto SOBE - Saúde Oral Bibliotecas Escolares


     Informações aqui: SOBE.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Blimunda # 4


     O n.º 4 da revista Blimunda saiu no passado dia 18 de setembro e está disponível para download gratuito na página da Fundação José Saramago.

     Clicar aqui.

Biblioteca Nacional - Serviço de Digitalização


     A Biblioteca Nacional tem já disponível ao público (desde o dia 18 de setembro) o seu serviço de digitalização a pedido - o EOD -eBooks on Demand. O programa, cujo objetivo passa pela preservação e divulgação de livros de domínio público, permite a obtenção de obras do fundo geral da biblioteca no formato PDF.

     Mais informações aqui.

Desafio do mês de setembro


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"Os Anos Devastadores do Eduquês", Guilherme Valente


     Entrevista do autor, Guilherme Valente, a Mário Crespo:

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A abordagem do novo ano escolar


1. Negociação

     As regras devem ter sentido para a criança, daí a importância de uma conversa honesta e transparente entre pais e filhos. A partir do ocorrido no ano letivo anterior, podem ser abordadas questões como: Como achas que te saíste no ano passado? Há algo que possas / possamos melhorar? O que podemos nós, pais, fazer para ajudar os nossos filhos? Com base nas respostas, estabelecem-se as regras para o novo ano escolar. Uma primeira medida pode passar por estabelecer um calendário das diversas atividades.


2. Horário de estudo

     Combinar com as crianças um horário de estudo / trabalho em casa é um primeiro passo para o sucesso educativo.


3. Jogos em família

     De certa forma, um jogo é uma negociação: os jogadores discutem entre si as regras e, uma vez estabelecido o princípio da sua aceitação, competem entre si respeitando-as. Daí que os jogos em família possam constituir uma maneira de a criança interiorizar a ideia de respeito pelas regras e de aprender a lidar com a frustração da derrota / do insucesso.


4. Tempo para brincar

     Não sobrecarregar a "agenda" da criança é um dado fundamental, pois permite-lhe dispor de tempo para  brincar, relaxar, descansar, conviver com os amigos, participar em brincadeiras, etc. Por outro lado, deve ser incentivada a participação em atividades físicas de que ela goste, para prevenir o sedentarismo e a obesidade.


5. Todos leem

     O Center for Reading Research (Centro de Pesquisas de Leitura) da Universidade de Minnesota, nos EUA, publicou recentemente um estudo que confirma a importância e a influência dos hábitos de leitura dos pais junto dos seus filhos, dados que vêm confirmar o quão fundamental é gestos como o de os pais lerem para e com os seus filhos, de partilharem livros e leituras.

Fonte: Educar para Crescer

sábado, 8 de setembro de 2012

A morte da cultura


     «Um desenho que ilustra as actividades do Manifesto em Defesa da Cultura é todo um tratado simbólico do pensamento sobre a "coisa". Há dois glutões armados de dentes e ferrões, com vários olhos, que atacam uma menina indefesa que cai de alto, com os seus longos cabelos, a dita "cultura". "Acorrei que matam a cultura!!!", nem mais nem menos do que com três pontos de exclamação. O texto do Manifesto de Dezembro de 2011 revela bem a imbricação desta "cultura" com a burocracia governamental, nele se refere o PRACE, o PREMAC, o INOVART, o ICA, a DG Artes, todos os acrónimos usados com o à-vontade de quem conhece bem estes meandros do Estado. O Manifesto é um longo e palavroso exercício dominado pelo dinheiro "não mercantil", ou seja, o do Estado, o célebre 1% no Orçamento para a "cultura". Dinheiro e o modo burocrático como é concedido são as preocupações fundamentais: "Destruição e perversão do princípio de serviço público; estrangulamento financeiro; desmantelamento, redução e desqualificação de serviços; centralização e agregação burocrática de instituições; mercantilização: as políticas de agressão à Cultura seguidas pelos últimos governos criaram uma situação insustentável". A preocupação não se afasta nunca do Estado. Repare-se que não se trata de uma queixa contra a censura, contra perseguições a artistas individuais pelo que fazem ou dizem, mas uma queixa geral sobre a falta de encomendas: ""Austeridade" na cultura não destrói só o que existe, destrói o que fica impedido de existir". E o que "fica impedido de existir" é, entre outras coisas, "a criação contemporânea". O que temem é uma "área cultural (...) inteiramente colonizada, sem alternativa, pelos produtos mercantis, rotineiros e homogeneizadores das indústrias culturais". Dono por dono, preferem o Estado e os governos.»


Pacheco Pereira, in Sábado (06/09/2012)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Os Jogos Olímpicos


     Numa altura em que os Jogos Olímpicos de Londres terminaram há pouco tempo e ainda decorrem os Jogos Para(o)límpicos, destaque para uma obra publicada pela Texto Editora que procura «historiar» o evento desde 776 a.C. até Londres 2012.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

As vantagens da LEITURA

     Todos (?) sabemos que a leitura regular contém um alargado leque de benefícios para o ser humano.
     Um estudo realizado pela Universidade de Berkeley vem concretizar essa ideia.
     Esses benefícios vão desde a memória e o aumento da plasticidade do cérebro à melhoria das relações interpessoais e da empatia, passando, pasme-se!, pela redução da tensão arterial.

     Aqui ficam extratos de uma notícia recente referente à matéria em questão:

          «De acordo com jornal Daily Mail, o debate acerca da importância da leitura reacendeu-se graças a um estudo recente da Universidade da Califórnia, nos EUA, destinado a publicação na revista científica Archives of Neurology.
     A investigação em questão mostrou que o desenvolvimento de atividades que estimulam o cérebro, nomeadamente a leitura diária desde tenra idade, pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer, inibindo a formação das placas amilóides, proteínas encontradas nos pacientes que sofrem do problema.
     Os cientistas analisaram o cérebro de adultos saudáveis com idade igual ou superior a 60 anos e sem sinais de demências, concluindo que aqueles que levavam a cabo atividades como a leitura, o xadrez ou a escrita desde os seis anos de vida mostravam níveis muito baixos destas placas e, consequentemente, menor risco de desenvolver a doença.


Vantagens começam nos primeiros anos
     As vantagens começam, aliás, a sentir-se desde os primeiros anos. Ouvida pelo diário britânico, a neurocientista Susan Greenfield salientou que a leitura ajuda a aumentar os níveis de concentração das crianças e a sua capacidade de pensar com clareza, o que tem impactos nas fases mais tardias da vida.
     "As histórias têm um início, um meio e um fim, uma estrutura que encoraja os nossos cérebros a pensar em sequência, a associar causa, efeito e significado", explicou a especialista, acrescentando que esse facto justifica a importância de os pais lerem aos filhos e sublinhando que "quanto mais o fazemos, melhores nos tornamos" a nível cerebral.
     Além disso, mais do que, por exemplo, um jogo de computador, a leitura ajuda a gerar empatia para com os outros e a melhorar as competências relacionais. "Num jogo podemos ter de salvar uma princesa, mas não queremos saber dela, só queremos ganhar. Mas, num livro, a princesa tem um passado, um presente e um futuro, tem relações e motivações. Podemos identificar-nos com ela", esclarece Greenfield.
     Em 2009, dois outros estudos tinham já provado os efeitos positivos da leitura na saúde. Um grupo de investigadores norte-americanos mostrou, à data, que, ao ler, o nosso cérebro constrói as imagens, sons, cheiros e sabores descritos, fazendo com que sejam utilizadas as mesmas partes da sua estrutura usadas em experiências da vida real que, assim, são ativadas e criam novas ligações neuronais.
     No mesmo ano, especialistas da Universidade de Sussex, no Reino Unido, concluíram ainda que ler durante apenas cinco minutos permite reduzir o stress em mais de dois terços, sendo mais benéfico do que, por exemplo, ouvir música ou dar um passeio. Este alívio da tensão está relacionado com a distração que advém da leitura, que relaxa os músculos e diminui a pressão arterial.»


     Para aceder ao estudo realizado pela Universidade de Berkeley, clicar aqui »»».