Dia do Namorados

Alguns Pares Românticos na História e na Literatura:

• Adão e Eva
• Sansão e Dalila
• Ulisses e Penélope
• Tristão e Isolda
• Lancelot e Guinevere
• Cleópatra e Marco António
• D. Quixote e Dulcineia
• Romeu e Julieta
• Napoleão e Josefina
• Catherine e Heathcliff
• Pedro e Inês de Castro

Apresentando a literatura uma certa verosimilhança com a realidade, como não podia deixar de ser, também ela tinha de abordar o AMOR, sentimento que comanda o destino dos seres humanos.
Neste dia, deleita-te a ler algumas belas obras de arte que versam o amor e que podes encontrar na nossa biblioteca!

O filme que recomendo (Helena Casanova)

Um fim-de-semana destes fui ao cinema ver o filme “Up in the Air”, (Nas Nuvens, tradução portuguesa). O tema não pode ser mais actual, nestes tempos difíceis - o desemprego.
Sem correr no exagero e abordando o tema com algum realismo, sarcasmo e sentido de humor, o realizador Jason Reitman apresenta-nos o melhor e o pior do ser humano.
Ryan Bigham (personagem interpretada por George Clooney) é um especialista em despedir trabalhadores em empresas, que viaja sistematicamente, em avião, por toda a América. Vive praticamente entre “as alturas”, aeroportos e hotéis. Com a sua “mochila”, apenas com o essencial e elementar para uma viagem e longe de compromissos pessoais, Ryan adora a sua vida! Porém, o seu mundo e a sua maneira de ver a vida sofrerão um “pequeno grande” abalo. Primeiro, quando o seu chefe quer mudar a sua forma de trabalhar e, por último, quando conhece a sua versão em feminino!
Up in the Air é o filme que eu aconselho! Com um argumento muito original e com uma banda sonora fabulosa, aborda o tema do desemprego de uma forma sarcástica.

Não podia deixar de referir que o actor George Clooney até nos faz esquecer a sua personagem, esse mensageiro de más notícias!! :)

O livro que recomendo (Ascensão Pires)

Ler sempre foi a minha paixão! Escolher um livro não se torna fácil, mas hoje, em conversa com amigas, relembrei a história de Bruno, do livro “O rapaz do pijama às riscas”. De uma forma comovente somos transportados à Alemanha nazi e conhecemos a época através da percepção de uma criança de oito anos. É sem dúvida um livro que merece ser lido.

Concurso de Poesia

Por ocasião da comemoração do Dia Mundial da Poesia 2010, o Plano Nacional de Leitura e o Centro Cultural de Belém lançaram um desafio às diferentes escolas, convidando-as a participarem num Concurso de Poesia. A entrega de prémios terá lugar no CCB, em Lisboa, a 21 de Março de 2010.
A nossa escola participou e estes são os nossos vencedores!!

Concurso de Poesia

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Fórum de discussão: As palavras

          As palavras são a nossa forma de comunicar, por isso são imprescindíveis no nosso dia-a-dia. Uma vez que neste mês se comemora o Dia Internacional da Língua Materna (21 de Fevereiro), o desafio consiste na escolha da palavra favorita. Defina-a, dê-lhe cor, deixe-se envolver pelo seu toque, pois, como diz o poeta:

          Há palavras que nos beijam

          Como se tivessem boca.

          Palavras de amor, de esperança

          De imenso amor, de esperança louca.

          Palavras nuas que beijas

          Quando a noite perde o rosto;

          Palavras que se recusam

          Aos muros do teu desgosto.

          De repente coloridas

          Entre palavras sem cor,

          Esperadas inesperadas

          Como a poesia ou o amor.

          (O nome de quem se ama

          Letra a letra revelado

          No mármore distraído

          No papel abandonado)

          Palavras que nos transportam

          Aonde a noite é mais forte,

          Ao silêncio dos amantes

          Abraçados contra a morte.

                                         
                                                         (Alexandre O'Neill)

Rosa Lobato de Faria

Ontem, Salinger; hoje, Rosa Lobato de Faria.

A escritora contava 77 anos e estava internada, há algum tempo, num hospital privado, em Lisboa.

Enquanto escritora, publicou um conjunto assinalável de obras: O Pranto de Lúcifer; Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camila S. (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (que ganhou o prémio Máxima de Literatura em 2000), A Trança de Inês (2001), O Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal (2005), A Alma Trocada (2007), A Estrela de Gonçalo Enes (2007) e As Esquinas do Tempo (2008). Escreveu, também, vários livros infantis e peças de teatro, como A Hora do Gato, Sete Anos - Esquemas de um Casamento e A Severa.

Rosa Lobato de Faria estreou-se como locutora na RTP nos anos 60. Recentemente, apresentou os programas "Cartas de Amor" e "Chá das Cinco". A sua figura ficou conhecida do grande público pela sua participação, como actriz, na primeira telenovela portuguesa, "Vila Faia", data de 1982, onde interpretava a personagem de Beatriz Marques Vila, esposa da personagem interpretada por Rui de Carvalho. No cinema, sob a direcção de João Botelho, participou no filme "Tráfico" (1998) e "A Mulher que Acreditava ser Presidente dos EUA", além de dois filmes de Lauro António: "Paisagem sem Barcos" (1983) e "O Vestido Cor de Fogo" (1986).
A par de José Carlos Ary dos Santos, Rosa Lobato Faria foi a letrista com mais sucesso no Festival RTP da Canção, tendo obtido quatro vezes o primeiro lugar com os temas "Amor de Água Fresca" (interpretado, em 1992, pela cantora Dina), "Chamar a Música" (interpretadao, em 1994, por Sara Tavares), "Baunilha e Chocolate" (cantado por Tó Cruz, em 1995), "Antes do Adeus (na voz de Celia Lawson, em 1997).

J. D. Salinger

Morreu o autor de Uma Agulha no Palheiro. Viveu em isolamento mais de 50 anos.

O escritor americano J. D. Salinger morreu ontem aos 91 anos. Notabilizou-se pela sua obra de culto The Catcher in the Rye - Uma Agulha no Palheiro na primeira edição portuguesa e, numa nova tradução recente, À Espera no Centeio - mas sobretudo por se ter negado à fama. Viveu isolado de honrarias na sua casa do New Hampshire até ao fim.

A morte do escritor foi anunciada pelos seus representantes literários, a Harold Ober Associates. Vivia em total isolamento há mais de 50 anos. "Era o Garbo das letras, famoso por não querer ser famoso", escreveu Charles McGrath no obituário do The New York Times.

Salinger publicou apenas quatro obras. Além de Uma Agulha no Palheiro (1951), Nove Contos (1953), Franny e Zooey (1961) e Carpinteiros, Levantai Alto o Pau de Fileira e Seymour: (Uma Introdução) (1963). Escreveu ainda vários contos que nunca foram editados em livro, alguns dos quais na The New Yorker. Desde 1965 que não publicava nada.

Uma Agulha no Palheiro tem como (anti-)herói o jovem Holden Caulfield, expulso do colégio caro que frequenta e que expressa o seu desprezo pelo mundo "falso" dos adultos de forma singular, enquanto vagueia por Nova Iorque. O livro virou best-seller imediato e "bíblia" do mal-estar juvenil, chegando a ser proibido em bibliotecas públicas e escolas nos EUA, e leitura recomendada noutras. É uma obra-chave da literatura americana do pós-guerra.

Em 1988, o escritor e crítico britânico Ian Hamilton publicou uma biografia não autorizada do escritor, In Search of J. D. Salinger, cuja publicação este tentou bloquear, sem sucesso. Em 2009, Salinger impediu a saída de uma pretensa continuação de Uma Agulha no Palheiro, pelo sueco Fredrik Colting. Nomes como Philip Roth, John Updike ou Harold Brodkey disseram ter uma dívida literária para com Salinger.

Nascido em Nova Iorque em 1919, J. D. Salinger combateu na II Guerra Mundial. O sucesso estrondoso de Uma Agulha no Palheiro levaram-no a dizer ao seu agente para queimar todas as cartas dos seus admiradores e a mudar-se de Manhattan para uma casa de campo no New Hampshire, onde viveu até à morte com a família. Quando ia aos restaurantes locais, comia na cozinha, para evitar encontrar pessoas.

(c) DN on-line